advento...

O caminho que todos nós temos de percorrer internamente...

"NATAL, O IMPULSO CRÍSTICO


O Natal hoje tem uma característica muito materialista. O excesso de afazeres e compras leva as pessoas a se distanciarem do real sentido do Natal.
Estes excessos também conseguem ressaltar a maneira ainda mais explícita as diferenças sociais, trazendo dor e culpa. Dor para aqueles que não tem e culpa para aqueles que cometem os excessos.


Para as crianças o Natal virou sinônimo de presentes. Presentes que quase nunca preenchem o vazio interno, o que as tornam quase sempre mais exigentes e caprichosas. E, no caso dos que nada recebem, desperta o sentimento de revolta e injustiça.


Também os adultos têm sentimentos contraditórios despertos, alguns se sentem muito felizes nesta época, entrando com espírito festeiro e alegre, porém, quando o Natal termina, mesmo que tudo tenha corrido bem, o sentimento que surge é de ressaca, e uma sensação de vazio aparece e às vezes incomoda, mas, já tem outra festa chegando e este sentimento é abafado. Outros sentem-se tristes, uma enorme vontade de chorar surge, um vazio que parece tomar todo o espaço do peito, e uma enorme vontade de que esta época passe bem rapidamente. Por que estes sentimentos contraditórios? O que acontece com esta época?
O ser humano distanciou-se muito da Natureza. Ela, por sua vez, continua interferindo e se comunicando com o homem. Porém, os ouvidos dos homens não conseguem mais ouvir a voz da Natureza, seus olhos também já não enxergam sinais evidentes, como por exemplo, os das estações do ano. A mesmificação dos dias geralmente regulados pelo excesso de trabalho, ou pelos vários canais de comunicação em massa que procuram levar nossa atenção para os acontecimentos do mundo, geralmente os mais deprimentes, tudo isto nos leva a vivenciar os dias sem diferenciação.
As estações do ano não se diferenciam somente devido ao fato de usarmos ou não casacos, mas, internamente nos sentimos diferentes. Entretanto, seguimos sem dar importância, tornando os dias todos iguais.



No passado, o homem se encontrava fortemente ligado à Natureza e encontrava nela sabedoria; o sentimento do homem era de unicidade e dela extraiu todo simbolismo que reconhecemos como as grandes festas do ano.
O Natal era celebrado desde épocas muito antigas, em muitos lugares diferentes, por povos distintos. Na Europa do Norte e Central - Escandinávia, Escócia, Inglaterra, nos círculos Celtas - havia a celebração da festa do fogo. No hemisfério norte, nesta época, é inverno, os dias se tornam mais curtos, como se a Natureza esmorecesse, é como se houvesse um adormecimento de suas forças. No dia 25 isso se invertia, e, embora ainda se encontrassem no inverno, o sol começava a aumentar, prenunciando a primavera. A vitória do sol sobre as trevas.
O Sol sempre representou vida para a Terra, seu trajeto e distância marcam profundamente todos os acontecimentos aqui na Terra, determina as estações do ano, as colheitas,etc. O Sol traz a consciência para o homem. Quando ele aparece no horizonte o homem acorda para seu dia, quando desaparece no horizonte aos poucos sua consciência o abandona e ele se entrega ao sono, assim como toda a Natureza.
A nossa consciência é nosso Sol que ilumina as trevas da matéria, e, este ciclo solar, traz a antiga lembrança de quando a consciência adentrou a corporalidade humana, dando-nos a chance de tornarmo-nos seres humanos.
Por isso esta festa, ou esta época do ano, nos remete ao nosso lado mais precioso, nos remete à épocas antiqüíssimas onde o que acontece no Natal é como um marco, como algo colossal, foi o momento do grande passo rumo a humanização quando uma alma imortal passa a habitar um corpo físico perecível. A vitória do Sol sobre a escuridão.
O olhar dos povos antigos para com o Sol e a Terra e também para as outras estrelas e planetas é de que eles eram a expressão externa, ou seja, os corpos celestes são portadores de seres espirituais, assim como o homem porta um espírito.
O Sol faz seu trajeto celeste dentro da mais perfeita ordem e harmonia, num ritmo preciso e isso propicia todos os processos rítmicos ligados à vida.
No homem também podemos admirar esta ordem, este ritmo acontecendo, por exemplo, em todo funcionamento orgânico, no processo da digestão, da respiração, dos batimentos cardíacos. O caótico no ser humano surge nas paixões, instintos e mesmo no pensar. Atentamos contra esta ordem todos os dias, na alimentação incorreta, nos ritmos de vida abusivos, nos caprichos, nos pensamentos inverídicos. E mesmo assim nosso ritmo interno persiste em sua ordem, somente saindo dela quando os erros cometidos contra ela são intensos e persistentes.



Por isso a confirmação no dia 25 de dezembro de que o sol permaneceria no seu curso perfazendo todo seu ciclo, enchia o homem de alegria e o remetia aos tempos longínquos onde também o ser humano, embora ainda insipiente, dava mostras de ter o seu curso na humanidade desenvolvido em todo o seu ciclo como Ser Humano, aquele que porta um EU!
Estas festas são consideradas pagãs, porém ela carrega em seu bojo todo o futuro do cristianismo.
Não há confirmação de que tenha nascido nesta época, a designação do dia 25 de dezembro como comemoração religiosa só foi iniciada no século IV quando o Papa Júlio I levou a cabo um estudo intensivo sobre a data de nascimento de Jesus de Nazaré, que aos 30 anos aporta o ser solar Cristo em seu batismo pelo fogo do Espírito Santo, atua como um sol que ilumina o caminho a ser seguido; que traz o impulso Crístico a viver entre todos os seres humanos numa extrema demonstração de amor divino.
Toda a postura de Cristo era de amo, respeito para com o outro, de perdão para aqueles que o mal trataram, porém, não sabiam o que faziam, tudo o que ele fez e faz pelos homens se encerra na máxima "Amai-vos uns aos outros como eu vos amei". Toda sua postura é de um amor transbordante. É como se ele trouxesse a substância do amor das alturas celestes à Terra para habitar a alma humana, o EU humano. Este amor vívido que jorra como raio de sol e que ilumina quem está a frente. Trazer essa força do amor parece ter sido a grande missão de Cristo.
Temos esta chance anual de nos remeter a essa época, fazer um balanço de nossos relacionamentos, nosso envolvimento com os que nos circundam, transformar tudo o que é treva, iluminado pela luz do amor.
E só há uma maneira de passar por esse processo, através do perdão pelo que trouxe mágoas, e perdoar não é esquecer, nem é compreender, nem mesmo passar por cima dos fatos.


Perdoar é deixar jorrar amor pelo outro e ajudá-lo a consertar os erros cometidos contra a própria pessoa que perdoa. O rancor e a mágoa são potentes algemas, enquanto o perdão é a chave que as abre e o amor é aquele que ensina a mão algemada a ser novamente livre. Eis nossa grande chance que, renovada anualmente, passamos nesta época. Nossos anos nesta vida são limitados, temos, quando muito, umas oitenta chances de passar por essa época com toda abertura cósmica que ela propicia a aliar nossa evolução pessoal ao propósito Crístico ligado a nós. Que todos nós tenhamos a força de não desperdiçá-lo, que possamos preencher nosso Natal com o que há de mais elevado em nosso espírito e que ele tenha sabor de conquista, de conquista de nós mesmos, para que possamos nos oferecer em convivência para o outro."


Pedagogia Curativa, Terapeuta do Movimento, Visão Ampliada pela Antroposofia

A Escola Livre do Algarve vai estar presente...

Queridos amigos,
mais uma vez a Escola Livre do Algarve vai estar presente da Feira de Natal de Aljezur, 
com deliciosas refeições vegetarianas, uma banquinha de artesanato e no Domingo entre as 16h e as 17h uma pequena surpresa das crianças .
Apareçam e divulguem...

Preparação para o Natal

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* ADVENTO * 
 *  ADVENTO * 
 * UMA LUZ CINTILA *
 * BRILHA, BRILHA DE NOITE E DE DIA *
  * ESPERANDO ATÉ CHEGAR O NATAL...*
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